quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Harmonioso convívio entre príncipes e povo em Sigmaringen

A pequena cidade alemã de Sigmaringen se aconchega ao majestoso castelo dos Hohenzollern, que se ergue no alto, como descreve simpática reportagem do “Der Spiegel”.

Nela o tempo parece ter parado. Mas não é apenas uma impressão. Os Hohenzollern ‒ família que deu os ex-imperadores da Alemanha ‒ construíram o castelo onde hoje reside a rama católica da família: os Hohenzollern-Sigmaringen.

Os senhores de Sigmaringen perderam o poder político após as jornadas revolucionárias de 1848. Mas, economicamente eles continuam a ter influência, sobre propriedades rurais e sobre o grupo de empresas Hohenzollern.

Os cerca de 17.000 habitantes se dirigirem ao “seu” Príncipe com o título de “Príncipe” ou “Alteza Sereníssima” num ambiente de cortesia e respeito mútuo.

Sem a casa principesca quase nada anda no lugar, situado na margem sul das colinas da Suábia. “O Príncipe é como uma figura de pai”, diz o engenheiro de têxteis, 72, Manfred Niederdraeing.

Manfred foi influenciado por certas restrições contra os nobres, porém diz que “eles têm uma enorme vantagem: eles pensam em gerações, e não em períodos de eleições”.

Os felizes habitantes de Sigmaringen compartilham a idéia de que os políticos vão e voltam, mas que os príncipes permanecem.

Mais ainda, eles sabem que os nobres há séculos ligados à cidade se sentem responsáveis por cada habitante.


“Quando suas empresas vão mal, o velho Príncipe prefere vender parte de suas terras no Canadá para manter seus empregados”, explica Manfred.

Ninguém na região critica a Casa de Hohenzollern. “Não se pode conceber Sigmaringen sem Príncipe, ele simplesmente pertence a ela”, declara Ute Korn-Amann, jornalista local do Schäbischen Zeitung.

Na hora em que os políticos de todas as tendências decepcionam, no fundo de muitas cabeças se põe o problema se a esperança passa pela recomposição do papel social e político da nobreza. 



2 comentários:

  1. Sou Monarquista. Todos deveriam ser!

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  2. O texto evidencia, com muita clareza, a nítida superioridade do respeito às ordens vigentes antes da nefanda Revolução Francesa de 1789 sobre a república. Deus queira que os povos europeus possam se curarem do delírio democrático republicano e voltarem ao Antigo Regime.

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