quarta-feira, 6 de março de 2013

Crescimento do catolicismo tradicional surpreende até revista económica inglesa

No período posterior ao Concílio Vaticano II, inaugurado em 11 de outubro de 1962, a Igreja Católica na Grã-Bretanha procurou se modernizar até na liturgia.

Mas o resultado, segundo a conceituada revista econômica “The Economist”, é que os fiéis desertaram das igrejas.

A assistência à Missa na Inglaterra e em Gales caiu pela metade do 1,8 milhão que compareciam aos domingos em 1960. Também a média de idade dos frequentadores aumentou de modo preocupante: de uma média de 37 anos no ano 1980, subiu para 52 anos hoje.


Nos Estados Unidos, a assistência à Missa caiu mais de um terço desde 1960. Menos de 5% dos católicos franceses assistem regularmente à Missa, e só 15% fazem o mesmo na Itália.

Em sentido contrário, as Missas não modernizadas, em latim e de costas ao povo, conhecem um boom de participação.

A Sociedade pela Missa em Latim de Inglaterra e Gales (Latin Mass Society of England and Wales), que nasceu em 1965, tem agora mais de 5.000 membros. O número de Missas semanais em latim passou de 26 em 2007 a 157 em 2012: um crescimento de mais de 600%.

Nos EUA, passou de 60 em 1991 a 420 em 2012: um aumento de 700%.

Oratório de Brompton, Londres
No Oratório de Brompton, fundado pelo Cardeal John H. Newman e ponto de referência do tradicionalismo de Londres, 440 pessoas assistem à Missa em latim aos domingos.

Isto é o dobro do normal da assistência nas principais igrejas modernizadas. Em Brompton, as mulheres usam véu e os homens, o tradicional paletó ou terno de tweed.

Mas os números é o menos importante, observa “The Economist”. As comunidades tradicionalistas se destacam pela juventude e por sua expansão internacional. O Catolicismo tradicional está atraindo pessoas que não tinham nascido quando o Vaticano II pretendia “rejuvenescer” a Igreja.

Além de se expandirem por países da Commonwealth até à África e à China, os jovens grupos tradicionalistas britânicos publicam blogs, administram websites e são muito ativos nas redes sociais.

Eles difundem suas posições até nas dioceses mais progressistas. E não deixam de ser invectivados pelos velhos progressistas que, na falta de argumentos mais religiosos, os qualificam de anacrônicos ou afetados.

Um grande desequilíbrio de crescimento vem acontecendo desde 2007, quando S.S. Bento XVI aprovou formalmente o antigo rito da Missa em Latim. Até aquele momento, o padre que celebrasse a Missa antiga podia ver cortada sua carreira eclesiástica.

Corpus Christi em Blackfriars, Oxford
Na Inglaterra, o rápido aumento dos adeptos da Missa tradicional viu-se ainda reforçado com a criação, pelo Vaticano, do Ordinariato para acolher grupos de ex-anglicanos que abandonaram a dita ‘Igreja de Inglaterra’, a qual está levando sua modernização a ponto de “ordenar” e “sagrar” lésbicas e homossexuais.

Sacerdotes ex-anglicanos “atravessaram o Tibre” às dúzias para se somarem aos católicos romanos tradicionalistas, conta “The Economist”.

Este retorno ao antigo rito com força está deixando consternados os católicos “modernistas”, que o baniram no passado.

Para o Pe. Timothy Radcliffe OP, ex-prior dos dominicanos da Grã-Bretanha, o renascimento tradicionalista é uma reação contra o “liberalismo de moda” em sua geração.

Para ele, não é mais do que um movimento do pêndulo, que ora vai num sentido, ora no oposto, de modo inevitável.

Mas esse argumento não convenceu o jornalista de “The Economist”. Este concluiu a reportagem perguntando se todos os escândalos morais no seio da “Igreja progressista”, a decadência desta, e, em sentido contrário, o crescimento dos tradicionalistas, não são outros tantos sinais de que há 50 anos o Concilio Vaticano II virou para o lado errado.



5 comentários:

  1. O Catolicismo está quase em declínio no mundo( e já em declínio no Brasil ) meu amigo . Se compararmos aos seus dois maiores rivais a situação não está muito boa para o catolicismo não .
    Primeiramente , ele sempre foi maioria no mundo até que em 2000 foi ultrapassado pelo Islamismo , e tudo indica que no máximo máximo o protestantismo o passara até 2020 ou 2025 .
    Só pra se ter uma ideia , vamos comparar os dados das três religiões nos últimos 10 anos no Brasil e no Mundo .

    Mundo - 2000
    1,2 Bilhões de Islâmicos
    1,0 Bilhões de Católicos
    0,8 Bilhões de Induístas (coloquei Induísmo pra ficar em ordem as 4 maiores religiões de mundo)
    0,6 Bilhões de Evangélicos

    Brasil - 2000
    125 Milhões de Católicos - 75 %
    26,2 Milhões de Evangélicos - 15%

    Mundo - 2010
    1,6 Bilhões de Islâmicos (Crescimento de 33% no período, taxa de crescimento anual = 1,82% )
    1,1 Bilhões de Católicos (Crescimento de 10% no período, taxa de crescimento anual = 0,98% )
    0,97 Bilhões de Evangélicos (Crescimento de 63% no período, taxa de crescimento anual = 2,33% )
    0,95 Bilhões de Induístas (crescimento de 16% no período, taxa de crescimento anual = 1,43% )

    Brasil - 2010
    123,1 Milhões de Católicos - 64% (declínio de 1,5% , taxa de crescimento anual = -0,1)
    44 Milhões de Evangélicos - 22% (aumenta de 61% , taxa de crescimento anual = 2,29%)

    Expectativas 2025 (se mantiverem mesmo crescimento percentual , e taxa de crescimento anual ):
    Mundo - 2025
    1,9 Bilhões de Islâmicos
    1,4 Bilhões de Evangélicos
    1,3 Bilhões de Católicos
    1,0 Bilhões de Induístas

    Brasil - 2025
    117 Milhões de Católicos - 45 %
    104 Milhões de Evangélicos - 40%
    Fonte(s):
    SEPAL , Wikipedia , IBGE todos os sites de ranking de adeptos , todos todos , vão estar estes números .

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    1. O IBGE virou o Espírito Santo agora? Poupe-nos...

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    2. equanto eu tiver no mundo o católicismo vai ter pelomenos 1 adepto '='

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  2. 0,9 bilhões de evangélicos? Pode isso produção? Para de mentir seu herege desgraçado.

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  3. anda ouvindo muito a pastorada os mercadores da fé

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