segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O quê explica o entusiasmo que houve pelo nascimento do bebê real inglês?

Primeira foto oficial do pequeno príncipe
Primeira foto oficial do pequeno príncipe
O nascimento do filho do príncipe William e da duquesa de Cambridge Kate Middleton desencadeou uma onda de alegria e simpatia no mundo inteiro.

Passado o primeiro momento, a reflexão sobre o acontecimento provoca surpresos e admirados comentários.

“O porvir da dinastia Windsor está garantido”: a manchete não foi de um jornal sério, mas do tabloide “The Sun”, o qual percebeu que seus leitores, inclusive os republicanos, se regozijavam de forma esmagadora com a feliz notícia para a monarquia.

Sociólogos, peritos e comentaristas ‘progressistas’ queimam os neurônios tentando “explicar a enorme popularidade da família real britânica” – comentou o jornal progressista e socialista francês “Le Monde”.

As pesquisas apontam o príncipe William, o feliz pai, como mais popular do que a rainha, cujo índice de aprovação superou 90% durante o Jubileu de Diamante em 2012. Só 17% dos interrogados se disseram abertamente republicanos, mas muitos deles partilhavam a emoção e o entusiasmo pelo bebê real.


A coroa da Inglaterra se mostra mais sólida do que nunca. Entretanto, a mídia parecia ter feito tudo para demoli-la, sobretudo com a exploração do caso da princesa Diana.

Com seus 87 anos, Elizabeth II triunfa, representando a imagem venerável do velho Império que hoje faz parte da história.

Povo diante do palácio de Buckingham aguarda notícias do nascimento do bebê real
Povo diante do palácio de Buckingham aguarda notícias do nascimento do bebê real
Mas também hoje – lacrimeja “Le Monde” – o lobby anti-família real só recruta adeptos no jet-set intelectual e artístico de Londres. A república protestante radical que Cromwell instalou de 1649 a 1660 só deixou a imagem de um ditador envolto em más lembranças.

“Times”, o velho jornal de Londres, escreve que “o soberano é um símbolo do país e ajuda a defini-lo”.

E “Le Monde” conclui que a sobrevivência da dinastia remonta à noite dos tempos, repousa sobre a aprovação de seus súditos, e que “os Windsor compreenderam perfeitamente isso”.

Após redigir seu artigo, o jornalista francês pode perfeitamente ter saído para tomar um delicioso lanche numa cafeteria de Paris. E ali então terá voltado a ouvir os intérminos impropérios faiscantes dos franceses contra o presidente socialista Hollande.

Críticas feitas com a penetração com que em anos anteriores eles vituperavam seus predecessores à testa da République Française.


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